„Josy Santos ist als Idamante schlicht eine Idealbesetzung: Mit farbenreichem Mezzo und größer Natürlichkeit erreicht sie eine überragende Bühnenpräsenz.“ Online Merker

Revista Concerto, por Irineu Franco Perpetuo

Depois de sua refinadíssima Dorabella na montagem de 2023 de Così fan tutte, de Mozart, no Theatro Municipal de São Paulo, a expectativa em torno do desempenho de Santos não era pequena. E foi plenamente superada... Quando ela abriu a boca para entoar Mein Lied ertönt, primeira das sete Canções Ciganas (ciclo cujo item mais célebre é o quarto, Als die alte Mutter) de Dvorák, deu para sentir que algo de muito especial estava para ocorrer. Josy possuiu um domínio absoluto de seu instrumento, moldando o fraseado como deseja, e colocando as mais diversas gradações e sutilezas de dinâmica a serviço das intenções expressivas. Seu alemão não é apenas perfeito, como idiomático; e a claríssima articulação do texto não quebra o legato das linhas melódicas belamente construídas. Como se não bastasse, a voz, embora leve e clara, possui projeção e ressonância no registro grave.

Tudo isso contribuiu para uma interpretação não menos do que inesquecível dos cinco Rückert-Lieder, de Mahler (peça que tem uma bela versão com orquestra. Será que nenhuma de nossas sinfônicas se anima a convidar Santos a cantá-las?). Sem nenhum trejeito ou maneirismo operístico, Josy tratou cada um deles como um mundo à parte, sabendo caracterizá-los de forma distinta. Quem não ficou com o coração dilacerado após o último e mais célebre, Ich bin der Welt abhanden gekommen, pode fazer exame cardíaco, pois certamente está com um vácuo no lugar que deveria abrigar nosso órgão vital.

Daí veio o intervalo, e confesso que tive impulsos de voltar para casa. Não porque o concerto não estivesse bom, mas justamente por estar bom demais. Afinal, o que seria ainda possível ouvir depois  deste diálogo com a transcendência?

Fiz bem em ficar. Após uma metade europeia, Josy brindou-nos com uma segunda parte de programa totalmente sul-americana, aberta pela efeméride esquecida de 2024: os 160 anos do cearense Alberto Nepomuceno (1864-1920).

Se Nepomuceno é tido como uma espécie de “pai” do lied em português, por sua veemente defesa do uso de nossa língua na canção “erudita”, ele foi também um cosmopolita que estudou em Roma, Paris, Viena e Berlim. Santos mostrou essa faceta internacional (e bem pouco difundida entre nós) do compositor ao cantar suas cinco canções em alemão sobre poemas de Nikolaus Lenau (1802-1850), um austríaco cujo Don Juan inspirou o poema sinfônico homônimo de Richard Strauss, enquanto seu Fausto deu origem a peças para piano de Liszt. Uma breve enciclopédia de variados afetos transmitidos com excelência pela intérprete.

E quem queria ouvir Josy cantando em português pôde se esbaldar com as deliciosas Cinco Canções Nordestinas, de Ernani Braga. Como é bom ouvir uma cantora que não trata nosso idioma como um problema, e que não soa como uma estrangeira de sotaque estropiado ao abordá-lo! A mezzo foi tão cativante em sua interpretação de Braga que o disciplinado público, que vinha reservando seus aplausos para o final de cada bloco de canções, não conseguiu resistir, e prorrompeu em palmas após a graciosa Capim de Pranta. Música brasileira tratada não como uma obrigação da qual é preciso se livrar da forma mais rápida possível, e sim com respeito, convicção e senso de estilo.

Para mostrar excelência em um terceiro idioma, Josy encerrou o recital com as saborosas Cinco Canções Populares Argentinas, de Alberto Ginastera – especialmente pertinentes em um momento em que o país vizinho ameaça dar às costas à sua cultura e identidade. Diante dos rogos de bis, fomos agraciados com a Melodia Sentimental, de Villa-Lobos – e o canto do cisne de nosso compositor maior embalou os sonhos dos espectadores na tépida noite de outono paulistana.

“and Josy Santos surprised in every way as Dorabella.” Peter van der Lint, Trouw

“Her heartthrob Dorabella, who makes it clear in the second act that she finds the two strangers quite interesting, is sung warmly sensually by mezzo-soprano Josy Santos.” Neil van der Linden, Theaterkrant

“For the part of the less principled Dorabella, Josy Santos ... brought her full, dark-toned voice into position as in the thrilling duet with Guglielmo ‘Il core vi dono’ (My heart I grant you).” Franz Straatman, Opera Magazine

“ A mezzosoprano baiana Josy Santos, que desenvolve a sua carreira na Europa, mas ainda é pouco conhecida por aqui, revelou-se um achado. Dona de uma bela voz e de ótima presença cênica, interpretou Dorabella com graça e jovialidade. Demonstrou bom domínio técnico e cantou muito bem durante toda a récita, desde o dueto Ah guarda sorella, até a cena derradeira. ” Notas Musicais

”Heldigvis lykkedes det for Josy Santos at gøre hovedpersonen Askepot (eller Angiolina, som hun egentlig hedder) til en nogenlunde troværdig karakter, der er stærk og selvstændig. Santos havde en skøn og flot, mørk stemme, der gav partiet den helt rigtige tyngde, og hvor det naturlige højdepunkt for hendes flotte koloraturer var den store arie til sidst i stykket, hvor Angiolina tilgiver sine plageånder.”

[Fortunately, Josy Santos managed to make the main character Cinderella (or Angiolina, as she is actually called) a somewhat believable character who is strong and independent. Santos had a lovely, dark voice that gave the part just the right weight, with the natural highlight of her beautiful coloratura being the great aria at the end of the piece where Angelina forgives her tormentors.] Critique, 17 September 2022

"Læg dertil, at sangerholdet er fremragende, og ikke mindst spindesiden imponerer: ..., og i titelpartiet er Josy Santos virkelig et fund og ikke en hvilken som helst rengøringshjælp. Hendes stemme har gyldent glødende dybde med tindrende høje diamantgnister, og hendes teknik er upåklagelig."

[Add to that, that the singing team is excellent, and not least the spinning side impresses: ..., and in the title part, Josy Santos is really a find ... Her voice has a golden glowing depth with sparkling high diamond sparks and her technique is impeccable.] Operamagasinet ASCOLTA, 11 September 2022

”Ikke mindst Askepot, sunget af Josy Santas udvikler sig igennem operaen, og stemmen ender i et smukt og fyldigt leje og med masser af charme. “

[Not least Cinderella, sung by Josy Santos, develops throughout the opera, and the voice ends up beautifully rich and full of charm. ]  Kulturkupeen.dk 16, September 2022

”… Askepot (sunget af den vidunderlige Josy Santos)”

…  Cinderella (sung by the wonderful Josy Santos)… Den 4. Væg

…den brasilianske mezzosopran Josy Santos havde fundet en Angelina (det kald-te Rossini hende) som en særdeles efektiv Askepot, der på ingen måde stak op for bollemælk, og hvis stemme havde tilstrækkelig gennemslagskrat til at nå ned til de bageste rækker i parkettet.

[…the Brazilian mezzo-soprano Josy Santos had found an Angelina (the call-Rossini called her) as a highly effective Cinderella. Who in no way stood up for buttermilk, and whose voice had sufficient impact to reach the back rows of the park.] Kristeligt Dagblad, 13 September 2022

”Først og fremmest er det en fest at høre den brasilianske mezzosopran Josy Santos som en overskudsfyldt, præcist syngende hovedrolleindehaver i det krævende parti som Askepot”

[First of all, it is a feast to hear the Brazilian mezzo-soprano Josy Santos as an exuberant, precisely singing leading lady in the demanding part as Cinderella] Politiken, 12 September 2022

Lüpolds Partie wird von Josy Santos, die im Stück noch als Glutz zu bewundern ist, souverän ab Vorlage gesungen. Santos timbrierter Mezzosopran ist ein Versprechen.

O-Ton Kulturmagazin

Corona machte an diesem Abend auch nicht Halt vor der Bühne: Bereitsdie Proben gestalteten sich aufgrund von Quarantäne-Verpflichtungen einzelner Ensemblemitglieder schwierig. Die Premiere musste auf eine der Hauptfiguren verzichten. Josy Santos sprang ein und sang Teile der Partie der MadameLatente von der Bühnenrampe aus, wenn sie nicht gerade als Glutz gefragt war.

Bieler Tagblatt

Dass diese Premiere zustande kam, selbst das verstand sich keineswegs von selbst. Keine einzige Probe habe bei voller Besetzung stattfinden können, berichtete Dieter Kaegi, bevor sich der Vorhang hob. Der Premierenabend wäre der erste Durchlauf gewesen, an dem alle Beteiligten hätten teilnehmen können. Hätten, wenn nicht am Morgen des Premierentags eine Sängerin hätte mitteilen müssen, dass ihr Covid-19-Test positiv ausgefallen sei und sie nicht zur Vorstellung kommen dürfe. Noch am Nachmittag studierte eine der beteiligten Kolleginnen Teile der fehlenden Partie ein und trug sie Abend mit dem Klavierauszug auf dem Notenpult vor – herzliche Gratulation der Mezzosopranistin Josy Santos. Das Fehlende musste der Dirigent hinter seiner Maske markierend beitragen, während am Seitenrand der Bühne wenigstens das Kostüm der abwesenden Darstellerin zu sehen war. Theater kann rasch zum Ritt über den Bodensee werden, das macht diese Kunstform so besonders.

peterhagmann.com

Auch wenn Josy Santos innert Stunden die Ensembles und Latente-Arien lernte und vom Blatt sang. Dies neben ihrem Part als Madame Glutz – eine tolle Leistung.

Solothurner Zeitung

«Ich kann ihr nicht mehr widerstehen» singt Mustafa zu Beginn des zweiten Akts. Aber wer könnte einer Isabella wie Josy Santos schon widerstehen?

Auf Seiten der Sänger ist die brasilianische Mezzosopranistin die Überraschung des Abends. Ihr Mezzo hat von dosiert rauchiger Tiefen bis zu strahlenden Höhen alles zu bieten, besitzt einen grossen Farbenreichtum und ist technisch bestens ausgebildet. Und Santos weiss mit ihrer Stimme umzugehen. Die Koloraturen gelingen perfekt, die Verzierungen höchst geschmackvoll. Mit ihrer einnehmenden Erscheinung und der enormen Spielfreude, die auf der Bühne herrscht, gelingt ihr so eine eindrucksvolle Interpretation der Isabella.

Onlinemerker

Die Entdeckung des Premierenabends heisst Josy Santos. Die Brasilianerin brilliert als Isabella mit glutvollem Mezzo-Temperament: Sie koloriert, tändelt, liest den Männern die Leviten, lässt aberwitzige Koloraturen («Cruda sorte») und Verzierungen aufsteigen. Schlicht grossartig.

Solothurner Zeitung

Josy Santos als Isabella brauchte in der Vorstellung vom vergangenen Sonntag etwas Anlaufzeit, bis sie ihren herrlich vollklingenden Mezzosopran souverän einzusetzen wusste und ihre Koloraturen fliessend perlten.

Bieler Tagblatt

"En jeune Bernardo Cenci, Josy Santos est la seconde mezzo-soprano, aux inflexions plus douces."  Resmusica

"dans la même tessiture de mezzo-soprano, la voix la plus séduisante de la distribution est peut-être celle de Josy Santos dans le rôle travesti de Bernardo Cenci"  Forumopera

"Chanté par la mezzo-soprano Josy Santos, Bernardo affirme avec une sorte d'ingénuité enfantine la vacuité de l'existence après le viol incestueux de Beatrix. Moyen pour lui de repousser l'image affreuse des choses. Josy Santos ne s'y trompe pas. Faisant ressortir l'ambiguïté d'un personnage blessé mais encore peu mature, elle parcourt en tout sens, avec grâce et apparente facilité, la difficile échelle musicale comprise entre ses beaux aigus et ses graves profonds."  Bachtrack

"Le rôle de Bernardo, frère de Beatrix et complice du meurtre, revient à la mezzo-soprano brésilienne Josy Santos, convaincante dans son personnage masculin. Bien en place, elle construit elle aussi son personnage par des graves implantés qui sonnent comme la voix naturelle et masculine d’un Bernardo adolescent."  Olyrix

"La touchante Josy Santos dans le role travesti du jeune Bernardo Cenci." Le Monde

"Ausdrucksstark und stimmschön füllt die Brasilianerin Josy Santos die Hosenrolle des Beatrix-Bruders Bernardo aus." FAZ